quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Com a palavra, o rato de laboratório! (parte 1)

Sim, o rato vai falar! E, por que não, qual o problema? É lógico que o rato pode manifestar-se! Concordo, ele não seguiu carreira acadêmica nas áreas de psiquiatria, psicanálise, psicologia, medicina, e não podemos desprezar jamais o conhecimento de um médico. Concordo que o rato envolvido em um estudo ou experiência é apenas um rato, ele não tem a autoridade de um médico, MAS ELE TEM A AUTORIDADE DE SER O RATO UTILIZADO NA EXPERIÊNCIA! Ele e somente ele é o indivíduo objeto do estudo, correto? Bom, prossigamos: todo o conhecimento médico e científico que é obtido através de experiências com cobaias em laboratórios são frutos de muita paciência, persistência, observações, anotações, uma boa dose de intuição e o óbito de muitos ratos (puxa vida, doeu falar isso...) e, um estudo deste tipo pode demorar anos e anos e nem sempre chegar a um resultado satisfatório.

Agora, digo algo intrigante, pondere isto:


- O conhecimento dos profissionais da área médica-psiquiátrica é obtido através de:

cursos + experimentações + observações + hipóteses + troca de informações.


- O conhecimento do nosso indigente, o rato de laboratório, é obtido através de:

REAÇÕES BOAS, MÁS OU PÉSSIMAS QUE SENTE NA SUA PRÓPRIA PELE!


Agora, a pergunta que não quer calar: vamos imaginar que, um rato recebe o dom de falar, e, durante uma experiência em que um profissional de pesquisa científica já está há uma semana sem falar, sem comer, sem dormir, sem piscar, com os olhos vidrados observando o comportamento e reações de um rato que, só pra exemplificar, ingeriu drogas ainda não estudadas, caso o rato colocasse-se de pé e falasse "Ei, acabaram-se seus tempos de dúvidas e angústias, porque gosto muito de conversar e vou falar tudo que estou sentindo, com o máximo de detalhes possível. Posso imprimir relatórios, dramatizar, desenhar, criar ilustrações. Ah..., sim, caso queira algo mais profissional, leve-me a um computador e elaboro rapidamente uma apresentação no PowerPoint!".

Você acha que, neste caso, o rato seria mais útil e poderia abreviar o tempo necessário para a conclusão dos experimentos? Sim? Obrigado, é a deixa que eu esperava. Permita-me apresentar-me: sou o rato, a partir de agora falo na primeira pessoa, e tenho algo a dizer com relação a depressão e pânico de bipolares. Obrigado pelo silêncio que houve na sala. Aonde estão os meus óculos? Aqui. Deixa eu pegar minhas anotações... cadê... ok, vamos lá..

2 comentários:

  1. FANTÁSTICO, adorei, aprecio muito a sua maneira de expressar!!

    fico aguardando a exposição do rato!!

    abraço

    ANALUZ

    ResponderExcluir
  2. Ô, ANALUZ, me perdoa, não tinha visto você aí.
    Outro abraço, Fica com Deus.

    ResponderExcluir


Comentários estão liberados por tempo indeterminado, pois não terei condições, por algum tempo, de moderá-los (estarei sem internet durante algum tempo então não sei quando exatamente retornarei) por isso comentem a vontade e os comentários serão publicados automaticamente, porém, fica assim, logo que consiga voltar e lê-los, caso haja algo ofensivo ou inadequado, irei deletá-los, ok? (porém, tenho que ser justo: todos que passaram aqui e comentaram ou não, até este momento, só trouxeram alegrias). Ah, sim... ainda em tempo, há um post muito indigesto neste blog, se chama "Será que vale a pena...?", este post é tão horrível que, até este presente momento, só mesmo eu tive coragem de comentá-lo, por isso, para promover aquele texto (poema????) horrendo, os heróis (que Deus lhes proteja) que conseguirem comentá-lo concorrerão a uma caixa vazia do meu remédio faixa-preta, com uma dedicatória e meu autógrafo. Fiquem com Deus, assim que possível, retornarei. Bye.