quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Onde...

Onde desligo a mente?
não busco nada radical
não precisa ser um "parar"
O que queria, mesmo,
era encontrar
o "pause"
ou que continuasse rodando
mas diminuísse, ao menos
o número de frames
por segundo
Rodar assim, acelerado,
dói...
meu cérebro não é duo
é dual, apenas emula
não suporta a carga
acima do normal
e faz a sua festa
como um viciado
que não consegue
(e nem sabe a hora de)
parar...
Lembro-me da sabedoria
dos antigos
das velhas fofoqueiras
que tricotavam em cadeiras
sob a sombra em seus quintais
"filósofas" enrugadas
que entre ofícios básicos e o ócio
criavam ou repassavam
ditos da dita "sabedoria popular"
e com a autoridade de uma esfinge
de verdadeiros monumentos (ainda) vivos
inspiravam-se em nossos erros
e não sem um sarcasmo
e um sorriso de desprezo
selavam nosso destino:
"Quando a cabeça não pensa,
o corpo padece"
Oh, meu Deus, olha pra mim...
e julga-me
não quero ser réu desta lei injusta
das "filósofas" de quintais
porque, no meu caso,
o corpo padece
mas não é, porque,
a cabeça não pensa
mas, sim, porque
pensa demais...


Um comentário:

  1. Gostei muito..

    Meditação.... já pensou nisso?

    Brahma Kumaris...da uma olhadinha da net.

    beijos

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Comentários estão liberados por tempo indeterminado, pois não terei condições, por algum tempo, de moderá-los (estarei sem internet durante algum tempo então não sei quando exatamente retornarei) por isso comentem a vontade e os comentários serão publicados automaticamente, porém, fica assim, logo que consiga voltar e lê-los, caso haja algo ofensivo ou inadequado, irei deletá-los, ok? (porém, tenho que ser justo: todos que passaram aqui e comentaram ou não, até este momento, só trouxeram alegrias). Ah, sim... ainda em tempo, há um post muito indigesto neste blog, se chama "Será que vale a pena...?", este post é tão horrível que, até este presente momento, só mesmo eu tive coragem de comentá-lo, por isso, para promover aquele texto (poema????) horrendo, os heróis (que Deus lhes proteja) que conseguirem comentá-lo concorrerão a uma caixa vazia do meu remédio faixa-preta, com uma dedicatória e meu autógrafo. Fiquem com Deus, assim que possível, retornarei. Bye.