A sobra não é o excedente
de uma medida farta
que já não cabe
em galpões e celeiros
A sobra, na verdade
é o que (ainda) não esvaiu-se;
é uma, apenas, entre tantas
coisas essenciais
que já não estão aqui
mas lembro-me do lugar
que ficavam
Podia tocá-las, ouvi-las
senti-las...
Ocupavam um espaço físico,
tinham pulso
moviam-me
motivavam-me
compunham-me
Convidavam-me para a vida
Eram integradas entre si
e eu nem sabia que eram
tão parte de mim
E vão-se, saindo
da minha vida,
sem despedida
sem bilhetes
sem justificativas
saindo da lista
das coisas que ainda não perdi
Sou um corpo fragmentado
ando como um leproso
que em cada lugar que passa
deixa um pedaço de si...
Oi, Claudio, obrigada pela sua visita no meu blog. Gostei muito do seu blog, vc escreve muitíssimo bem, parece ser muito inteligente. E vou repetir o que uma pessoa já escreveu pra vc: "somente as pessoas com inteligência acima da média são portadoras de Transtorno de PÂnico." Ela disse que um médico falou isso pra ela e eu sempre pensei nisso, sabia? Que às vezes seria melhor ser BURRA, insensível e alienada para sofrer menos. Acho que as pessoas mais ignorantes sofrem menos, por não pensarem muito nas coisas e tentarem encontrar explicações pra tudo. Você não acha? Continue escrevendo, mas não deixe de se cuidar!!!! Vc está se tratando? Espero que sim, heim? A vida, apesar desse lado "denso" e incompreensível tantas vezes, é muito boa pra se viver!!!!!!! :) Abração!
ResponderExcluirClaudio!
ResponderExcluirEu tenho realmente Síndrome de Pânico. E gostaria de te pedir autorização para postar aquele poema "Medo", que você deixou no meu comentário. Meu e-mail elainecrespo@oi.com.br.
Adorei aqui e estou seguindo voltarei para ler mais postes!
Beijos,
Elaine